Atenção! Esta resenha trata dos acontecimentos do segundo livro da
trilogia Maze Runner e pode conter spoilers, os quais você deve evitar ao máixmo, sobre
fatos do livro anterior.
"O Labirinto foi só o começo... o pior está por vir. Depois de superarem
os perigos mortais do Labirinto, Thomas e seus amigos acreditam que
estão a
salvo em uma nova realidade. Mas a aparente tranquilidade é interrompida
quando são acordados no meio da noite por gritos lancinantes de
criaturas
disformes – os Cranks – que ameaçam devorá-los vivos. Atordoados, os
Clareanos descobrem que a salvação aparente na verdade pode ser outra
armadilha,
ainda pior que a Clareira e o Labirinto. E que as coisas não são o que
aparentam. Para sobreviver nesse mundo hostil, eles terão de fazer uma
travessia repleta de provas cruéis em um meio ambiente devastado, sem
água, comida ou abrigo. Calor causticante durante o dia, rajadas de
vento
gélido à noite, desolação e um ar irrespirável – no Deserto do novo
mundo até mesmo a chuva é a promessa de uma morte agonizante. Eles,
porém, não
estão sozinhos – cada passo é espreitado por criaturas famintas e
violentas, que atacam sem avisar. Manipulação, mentiras e traições
cercam o caminho
dos Clareanos, mas para Thomas a pior prova será ter de escolher em quem
acreditar."
Existem livros bons, livros muito bons, livros ótimos, e obras primas.
Mas também existem aqueles livros que não sabemos como classificar
direito, não conseguimos apontar os defeitos, mesmo que alguém o faça
por nós, pois nos prendem na história de tal maneira, nos fazem gostar dos personagens de tal maneira, que sentimos como se tudo aquilo fosse mesmo real.
Quando terminei de ler o Ciclo da Herança, que quem acompanha meu
blog sabe que foi uma das séries de livros mais marcantes que já li,
achei que nunca mais ia me sentir tão parte de uma história. Mas aí veio
Correr ou Morrer. E agora a sequencia direta, Prova de Fogo. Não tenho mais dúvidas: encontrei meu novo Eragon (por mais estranho que isso vá soar).
Depois dos eventos de Correr ou Morrer,
o novo desafios dos sobreviventes dos eventos ocorridos no Labirinto é
atravessar um deserto
escaldante, com pouca comida e água, e enfrentar os perigos que
aparecerem pela frente. Se antes os clareanos eram atemorizados pelos
grotescos Verdugos, agora o perigo espreita na forma dos Cranks, que,
pela descrição,
me pareceram muito com zumbis. São seres humanos que contraíram o
"Fulgor", uma doença que está varrendo a humanidade da Terra. É
interessante como o autor dá uma repaginada em alguns conceitos já
existentes, como os zumbis, tão em pauta hoje em dia. Devo destacar o fato de que Correr ou Morrer é de 2009, ou seja, é anterior a essa explosão de histórias de zumbis pela mídia, pois os mais chatos podem achar que Maze Runner se apropria desses conceito para explorar essa nova tendência da mídia do entrenimento, o que não é verdade.
Em Prova de Fogo
tudo, tudo mesmo, pode acontecer a qualquer momento, e por mais que a
gente torça, não há nada que podemos fazer para impedir o inevitável. Prova de Fogo
acrescenta mais elementos bizarros e também assustadores à trama.
Porém, mesmo com todo esse clima, James Dashner consegue quebra a tensão
com seu humor afiado.
Temos pouquíssimas respostas, apesar das dúvidas, que já existiam, se multiplicarem. O que temos aqui é um vislumbre maior da CRUEL. Mas mesmo assim continuamos sem saber suas motivações, seus
objetivos e de que lado eles realmente estão.
O enredo é
recheado de reviravoltas. Eu lia, lia, lia e queria mais, queria
respostas. Assim eu continuava lendo sem parar. Os capítulo são curtos, então sabe
aquela historia do “só mais um capitulo?” e quando você vê já varou a
madrugada lendo? O problema é que no final você começa a tentar ler mais devagar pra
não acabar o livro.
Mesmo sem todo aquele brilho de "tudo é
novidade" do primeiro livro, o segundo livro da série é ainda mais
envolvente que Correr ou Morrer. Os personagens pareceram mais
vivos. Apesar de serem ainda adolescentes, conseguimos perceber
claramente o que todas
as suas experiências estão fazendo com suas personalidades,
amaderecendo-os. Consegui total identificação e empatia por eles,
torcendo de verdade para que eles consigam sobreviver aos testes. Além
disso, dois novos excelentes personagens foram introduzidos à história.
Há também a introdução de um ótimo triângulo amoroso. Tão interessante é
esse relaciomento entre três dos personagens que ao final do livro eu
realmente não sabia quem eu estava torcendo pra ficar com quem.
É incrível como nesse segundo volume conseguimos ficar com raiva de
tanta coisa que acontece e é inexplicável ao mesmo tempo, com aquele fundo
de que tudo foi planejado, mas sem conseguirmos saber exatamente como,
quando e porquê. Isso tudo torna a experiência da leitura fascinante.
O que não entendi bem em Prova de Fogo,
apesar de não fazer diferença nenhuma, foi que
as distâncias pareciam muito menores do que na verdade eram, com
personagens conseguindo distinguir detalhes a quilômetros de distância.
O único defeito que consigo apontar, apesar de não ter nada a ver com a
brilhante história que acabei de ler, é o grande número de erros de
digitação, frases sem sentido e palavras sem nexo. Há alguns em Correr ou Morrer, mas em Prova de Fogo esse número é muito maior. Felizmente, a leitura não é prejudicada.
Prova de fogo não deixa nada a desejar se comparado com Correr ou Morrer. Temos muita ação, traição, reviravoltas e até uma pitadinha de romance, o que torna a trama sempre muito mais agradável.
“Eram perguntas demais. Malditas perguntas de mértila, todas sem resposta.”
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