Não é mais um clichê romântico

sábado, 29 de setembro de 2012

Se tem duas coisas das quais eu gosto de escrever é sobre livros/histórias que já li ou filmes/séries que assisto. Como ainda estou terminando de ler 'Eldest' - segundo livro do Ciclo da Herança, vulgarmente e erroneamente conhecida por 'Eragon' -, e não faço questão nenhuma de correr na leitura já estou vibrando com cada parágrafo desse final emocionante, vim escrever sobre a segunda opção.
Ontem tirei um pedaço da tarde para assistir um filme com minha namorada. Era a vez dela escolher, por isso me peguei assistindo '500 dias com ela'. Mais uma comédia romântica.
Não que eu tenha algo contra as comédias românticas. Até curto. É uma forma divertida de passar o tempo, ainda mais ao lado de uma namorada linda, que você sabe que é melhor do que qualquer garota dos sonhos, sempre presentes nesses filmes.
Mesmo assim não é o tipo de filme que eu escolheria em uma locadora. Acho as histórias sempre muito parecidas, com roteiros muito simples, além de serem potencialmente perigosos para pessoas inocentes demais: sugerem que todo cara ou garota pode ser incrivelmente maravilhoso, livre de defeitos, e de que no final o amor resolve tudo. Sabemos que a vida não é assim, mas tem gente que espera vive-la como num desses filmes, tornando-a simplesmente mais dura do que ela já é.
Mas, diferente do que esse meu preconceito me fazia pensar, me surpreendi positivamente com o filme. Nele, Tom Hansen conhece Summer Finn, a nova assistente de seu chefe. Tom é um arquiteto formado que trabalha como um escritor em uma empresa de cartões em Los Angeles. Após uma noite de karaoke, o colega de trabalho de Tom, McKenzie, deixa escapar que Tom é atraído por Summer. Nos próximos meses, Summer e Tom ficam mais próximos e começam a viver um tipo de namoro, apesar dela deixar claro que não acredita no amor verdadeiro e não quer um namorado.
O filme é apresentado em uma narrativa não-linear, com saltos de vários dias dentro do período de 500 dias do relacionamento de Tom e Summer.
No começo, achei que o casal ia superar todas as dificuldades, e, novidade, terminar junto. Porém, não é bem isso o que acontece, e, de fato, o final me surpreendeu.
O filme levanta reflexões interessantes, e mostra simplesmente a vida como ela é, e não a torna mais triste por isso. Pelo contrário, ao narrar uma história muito real e aparentemente com um final triste, a trama também consegue nos mostrar que a vida é bonita por si só, e que podemos fazer as coisas acontecerem, ao invés de ficarmos esperando elas acontecerem com a gente.
E você? Está fazendo a sua vida acontecer?

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